Virei-me sobre a minha própria existência e contemplei-a
Minha virtude era esta errância por mares contraditórios,
e este abandono para além da felicidade e da beleza."
(Cecília Meireles, Noções)

domingo, 26 de dezembro de 2010

Umbrella



"When the sun shine, we shine together
Told you I'll be here forever
Said I'll always be your friend
Took an oath i'm stick it out 'till the end
Now that it's raining more than ever
Know that we'll still have each other
You can stand under my umbrella
"
(Umbrella - Mandy Moore)

sábado, 25 de dezembro de 2010

Natal!

É natal!
A luz brilha incessante em meio a escuridão
O vale da sombra da morte já não me assusta
Permaneço em silenciosa adoração
Eis enfim a esperança
que em meios inconvencionais chegou
E surge em mim como uma dança
secando as lágrimas de quem chorou
É natal!
Surgem anjos proclamando
que em minha vida e em todo o mundo
Cristo nasce nos amando
E a estrela que guiou os magos
deixa outras para nos iluminar
lembrando a noite especial
em que toda viram anjos cantar.

Agnes Alencar

domingo, 12 de dezembro de 2010

esperando a dor passar


Saudade da sua companhia
que mantinha-me aquecida
saudade do irmão
do amigo cheio de afeto
dos abraços ternos.
que se tornaram eternos

Com a saudade do primo a me embalar
sento-me então
esperando a dor passar
acreditando que sol e alegria virão
mesmo quando a saudade me visitar

Agnes Alencar


sábado, 11 de dezembro de 2010

I wait on every word


Tirei a linda imagem daqui

Fico esperando...
pela mensagem
pela vida 
pela passagem


Esperando pelas palavras
pelo conversar
pelo abraço distante
de quem não posso tocar
(Ag)

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Encantamentos


Encanta-me tanto tanto
pois ignora a chuva
faz renascer o dia
como beijinhos de uva
e pratos cheio de aletria 

Encantam-me tanto tanto
guarda-chuvas e abraços
para abrigar da tempestade
e proteger da solidão

Encantam-me tanto tanto
os amigos verdadeiros cheios de cor
com o sol no olhar para dias nublados
e o amor nos braços para curar a dor
estamos eu e meu coração abrigados
e encantados

(Ag)


domingo, 31 de outubro de 2010

Satélite


Tentei alcançar a lua
viajar até ela
para fugir da dor crua
que em meu coração martela
mas meu esforço foi vão
os dedos esticados não são suficientes
meus pés continuam no chão...

tentei alcançar a lua
só para não desistir
quis tentar de novo
realmente eu queria fugir
do hiato insistente
da dor renitente
em busca de renovo

olhei por fim para lua
satélite distante, indisponível
deixei de lado a luta nua
esqueci por fim o intransponível
deitei-me enfim, em busca de imaginar
fechei os meus tristes olhos molhados
e quando os abri estava na lua com olhar de surpresa esbugalhado
não existem fronteiras quando decidimos (novamente) sonhar

(Ag)

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Passeio


A menina com a cabeça no vento
sorriu com gentileza
ela mesma encantava o tempo
fazia mágica com destreza
inventou o não ter fim
passeando feliz
estava (cantando) dentro de mim

(Ag)

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Estrelas estrada



Deitadinha vi estrelas
todas presas no borrão azul do céu
são elas também as minhas estradas
quando sigo andando ao léu...
(Ag)

sábado, 23 de outubro de 2010

#prontofalei

Eu estou sensível. #prontofalei
Essa linguagem de Twitter muito me diverte, e uso-a por ser exatamente assim que me sinto. Admitir que 'tá' doendo é ruim demais. Três semanas parece pouco para superar tudo, mas é muito para se viver sem alguém. Estar sensível é um estado quase constante já que eu não consigo mais chorar tudo de uma vez, colocar para fora, desabafar. Não. Eu choro por dentro, sem parar, copiosamente. E dói demais. Faltam-me as palavras mil que ficam presas na garganta enquanto ouvem o soluçar do meu coração ferido. O que fazer com a dor insistente que prossegue latente martelando minha alma, esmagando meus dias, destruindo minha calma?
E este é meu desabafo, meu #prontofalei, com isso encerro...
sem palavras, deixo as reticências... (será que caberá dentro delas toda a dor indizível de uma saudade indescritível?)

domingo, 17 de outubro de 2010

Choro escrito




"Tem pena de mim
ouve só meus ais
eu não posso mais
tem pena de mim"
(Tom Jobim - Chora Coração)

As palavras se esvaziam

como em uma pausa sem sentido
um hiato descabido
um vão inesperado
como susto repentino
vazio desesperado 
para quem fica
E a saudade que preenche
faz chorar
faz sofrer
como um sussurro renitente
que me impede de viver
Pois quero mais
Queria você
E a ausência que invade fala de ti
e eu falo contigo como louca
balbuciando palavras vazias,
já ditas
na tentativa de reviver o pretérito
que brutalmente transformou-se 
e cabe a mim fazer o inquérito
questionar só para ocupar-me
chorar de novo tua morte
velar mais uma vez teu corpo
desejar um outro norte
e prosseguir. 
As palavras se esvaziam
e cabe no vão,
no hiato esburacado ,
a dor de quem chora gritando não
e de quem ora clamando "aba"
E cabe em mim tudo de si
que chora em mim a tua ausência
e em eterna paciência 
fico na janela esperando seu retorno,
nosso encontro
que perdeu-se no hiato
e no entanto, não será olvidado.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Boas Notícias!


Alegram...
como flores em dia de primavera
Aquecem...
como abraço de criança
preenchem...
E por fim, meu sorriso se faz presente
Esperança...

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Amiga Aninha: alegria para um dia triste.

Eu e Ana Cristina - Recife, 2010


"Vai dizer a todos que a alegria desistiu
E me deixou aqui, sentada
o dia parece que ainda não surgiu(...)"
(Qualquer, Tuttu Madre)


Quando o dia amanheceu a minha alegria tinha desistido. Durante todo o dia meu coração doeu em partes que eu nem acreditava que existiam. Chorei para dentro, por dentro, sem cessar. Falamos sobre a dor, seus significados e sobre como no jogo eterno da linguagem, a dor pode ser compreendida, nomeada, mas o sentir é absolutamente singular. Hoje eu fugi da solidão. Tentei não ficar sozinha comigo mesma. Se eu ficar sozinha eu choro; se eu chorar eu admito; se eu admitir eu fraquejo; se eu fraquejar eu desisto. Se eu desistir...
E no meio desse dia inevitavelmente ruim eu me vi sentada, tentando escrever umas folhas sobre memória, sozinha. No meio desse emaranhado de emoções eu não quero sentar e ficar parada sentindo dor. Se eu parar a dor aumenta e por si só ela já beira o insuportável. Fiquei em silêncio, mantive em mim tudo que poderia se transformar quando atingisse a superfície da minha alma. Forcei uns sorrisos, comprei umas risadas, me escondi atrás de mim mesma.
E então vejo-a entrar, porta a dentro de mim inesperadamente. Os amigos de fato não precisam requerer permissão - ainda que por vezes o façam- , mas hoje, se ela a tivesse pedido, eu teria me perdido, esquecido e por fim estaria ainda escondida. Ana entrou sorrindo no departamento e sentou-se ao meu lado. Talvez ela nunca perceba a dimensão de como esse gesto foi fundamental hoje, sorrir é apenas o estado normal dela. No final do expediente, já quase cinco horas, não esperava mais nada do dia, do mundo e por alguns instantes nem na vida eu acreditei. A alegria tinha desistido de mim com vontade. No inverno da minha vida eu não via possibilidade de primavera. E hoje, nada se compara ao sorriso de uma amiga.
Eu poderia ter feito qualquer coisa, comprado milhares de livros, roupas. Poderia ter andado de montanha-russa. Poderia ter recebido um 10 em uma prova. Nada teria o efeito do sorriso da Ana.
Era o sinal da primavera, me mostrando que o inverno vai passar.
Era minha amiga, meu 'wake up call', me contando que eu não posso desistir da alegria.
Ela não fez nenhuma mágica, a dor não foi embora, mas, repentinamente, o fardo se torna leve quando lembro que os amigos seguem comigo.
Era minha amiga me contando que as lágrimas eventualmente irão embora.
Guardo comigo o sorriso de hoje, nem todo o neologismo do mundo seria capaz de descrever tudo que ele representa nesse momento.
E nas pequenas coisas, através de gestos de amizade, nos lembramos mais uma vez que a vida vale a pena.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

E a saudade aperta...

Hoje eu estava na aula de francês quando recebi a mensagem dela. Algo singelo, apenas para me dizer para onde estava indo e o que estava indo fazer. Informação não requisitada. Mas, ela está à 18 horas de distancia e por isso, a mensagem se torna especial. É uma forma de estar presente ainda que distante, uma forma de sentir saudade. Dói, mas dói diferente, como se por um minuto ela ainda morasse aqui do lado, ainda estivesse noiva, eu solteira e eu estivesse agora voltando da casa dela dentro do gol branco com cachorrinho no painel, chorando mais uma vez porque o Felipe não gosta de mim ou porque ele não responde meus scraps. As circunstâncias mudam, ela agora está na Bahia, casada e eu no Rio de Janeiro, namorando o Felipe, mas quando recebo uma mensagem, um telefonema, um e-mail, por um instante eu percebo que a amizade não muda, ou melhor, muda, cresce. E isso torna tudo ainda mais belo.
Sou do tipo que não fujo do contato, amo estar de corpo presente com os amigos. Mas, na ausência de tudo isso, surge na cabeça o hilário jargão "faz um 21" e eu faço. Ligo, mando mensagem, e como sou das antigas, mando cartas. É o que farei amanhã, vou até o correio enviar cartas, fotos, e um presente. E enquanto eu planejo o próximo encontro, estou certa de que sou feliz.
Como diria o meu pequeno amigo príncipe, 'se vens às três da tarde, desde às quatro eu começarei a ser feliz', mas a verdade é que a possibilidade do encontro me faz feliz, com ou sem hora marcada, basta-me saber que em breve - porque o tempo passará rápido - estaremos mais uma vez vendo e ouvindo o sorriso uma da outra e será como sempre foi. E é assim que deve ser, amigos verdadeiros seguem juntos, esperando e planejando o próximo encontro, sabendo que como disse o poeta 'a vida é a arte do encontro' e eu deixo o desencontro de lado, pensando apenas no próximo abraço amigo que nos espera para quando nos reencontrarmos.

domingo, 4 de julho de 2010

Digressões...

Logo eu que sou tão crédula, quase desisto tantas vezes de acreditar. Como se o amor esperasse pela minha fé para depois existir. Espera, em suspenso espera. E não temos sucesso, nem eu em acreditar, nem mesmo ele em esperar. Pois não se fez para acreditarmos nele. Ouço tanta coisa, tinha tantos sonhos, vivia tanta vida que é quase mais fácil desistir. Às vezes minto para mim e para o amor em si. Mas não acreditamos em mim, nem eu e nem ele. Acreditar é uma luta, lutar por ele é uma escolha, amar para sempre é minha utopia diária, ou minha morte constante. Amor e morte andam juntos.
Amar é um morrer-se diário, um suicídio talvez, uma morte consentida. A minha, a minha, sempre a minha.
Uma escolha acima de crença. Um passo de fé. Escolher a utopia é escolher sacrificar-me.
E se não me disponho a morrer, como poderia me propor a amar?

sábado, 26 de junho de 2010

Destinazione...

Pressa? para que? 
Faço essas perguntas para mim mesma, tentando tranquilizar minha alma inquieta.
Tenho a vida toda para viver. :) 


Então leio poesia, esta poesia é 'pop' nos dias de hoje. 


ÍTACA


Se partires um dia rumo a Ítaca
faz votos de que o caminho seja longo,
repleto de aventuras, repleto de saber.
Nem os Lestrigões nem os Ciclopes
nem o colérico Posídon te intimidem;
eles no teu caminho jamais encontrarás
se altivo for teu pensamento, se sutil
emoção teu corpo e teu espírito tocar.
Nem Lestrigões nem os Ciclopes
nem o bravio Posídon hás de ver,
se tu mesmo não o levares dentro da alma,
se tua alma não os puser diante de ti.
Faz votos de que o caminho seja longo.
Numerosas serão as manhãs de verão
nas quais, com que prazer, com que alegria,
tu hás de entrar pela primeira vez um porto
para correr as lojas dos fenícios
e belas mercancias adquirir:
madrepérolas, corais, âmbares, ébanos,
e perfumes sensuais de toda espécie,
quando houver, de aromas deleitosos.
A muitas cidades do Egito peregrina
para aprender, para aprender dos doutos.
Tem todo o tempo Ítaca na mente.
Estás predestinado a ali chegar.
Mas não apresses a viagem nunca.
Melhor muitos anos levares de jornada
e fundeares na ilha, velho enfim,
rico de quanto ganhaste no caminho,
sem esperar riquezas que Ítaca te desse.
Uma bela viagem deu-te Ítaca.
Sem ela não te ponhas a caminho.
Mais do que isso, não lhe cumpre dar-te.
Ítaca não te iludiu, se a achas pobre.
Tu te tornaste sábio, um homem de experiência,
e agor
a sabes o que significam Ítacas.



Konstantinos Kaváfis(tradução de José Paulo Paes)

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Epígrafe

Entre o diálogo e o encontro
ouço vozes diversas
E já não sei se o que ouço sou eu
ou é outro.

sábado, 5 de junho de 2010

Simplesmente


Quero te ver hoje, quero um hoje eterno com chuva e sombrinhas coloridas e o teu abraço apertado, único por ser teu e porque como ninguém tu o tornas meu. Quero que sentemos juntos na viagem indecifrável da vida, e quero as mãos entrelaçadas, quero os beijos roubados, e quero tudo de ti em tudo de mim, e quero hoje, e quero para sempre.


segunda-feira, 31 de maio de 2010

Resenhas

Eu e Roberta em amigo oculto PET.

Sempre fico até tarde na Faculdade. Chego por volta das 7 da manhã, saio por volta de 9 da noite. Gosto de estudar na biblioteca. Normalmente tenho pausa, vou para o remo, volto. Estudo melhor na biblioteca, o que implica em carregar algum peso em certos momentos.      
Normalmente esbarro em alguns amigos enquanto estudo, às vezes até marcamos de lanchar depois de algumas horas de estudo, mas nada nunca é como foi hoje.
Roberta resolveu ficar hoje enquanto esperava para ir até Ipanema. Sentamos então, uma de frente para outra, eu estava melhorando minha resenha, ela estava lendo o livro da dela. Rimos então. Verdadeiras gargalhadas enquanto ela falava mal do livro dela e eu comentava da professora biruta que mudou o dia do seminário.
Segunda-feira é normalmente um dia muito cansativo chato, mas hoje o riso em conjunto tornou-o alegre.                    
Agora ela foi embora para o seu compromisso, e eu tenho novo ânimo para continuar a corrigir minha resenha.
Amigos fazem diferença nos momentos mais inesperados. E a alegria é um excelente combustível para uma segunda-feira chuvosa.
Enquanto escrevo minha resenha proponho um brinde a amizade.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Fotografia

E chega um ponto que eu paro de contar. Toda a dor de saudade e a pior face da ausência estão juntas dentro de mim. Sempre houve saudade e ausência, mas existia a esperança do reencontro. Em nossa eterna solidão o que nos mantém vivos é a esperança em esbarros e encontros.  Quando vem a despedida percebe-se enfim que a vida é curta.
A vida é curta demais para amar de menos. A vida é curta demais para se dar o luxo de não falar o que é realmente importante, curta para guardarmos em nós os abraços, os sorrisos, as pequenas demonstrações de amor.
E agora vem todas aquelas idéias na cabeça sabe? As mesmas de sempre...
“Eu deveria ter ligado, deveria ter mandado uma carta, contado como era importante.”
Mas a vida é curta e o futuro é incerto.  Fica aqui o não dito, a ausência, a saudade irreversível.
Quando ela se foi eu procurei pela casa toda a maldita fotografia com ela. Tive medo de esquecer o rosto dela.  Que saco, dói demais.
Mas eu não achei o retrato. Então ontem, eu cheguei em casa como sempre atolada e correndo. Larguei tudo e fui para o ensaio sem a menor vontade. Não prestei atenção em nada. Quando voltei e sentei em frente ao computador continuei sem perceber. A vida corrida rouba com vontade os detalhes. Então eu parei por dois minutos de trabalhar como uma louca em algum projeto urgente, levantei meus olhos e lá estava. Minha mãe achou a fotografia e fez o favor de prender no meu quadro imantado. Chorei. Sorri. E senti toda a saudade e a dor que eu enterro todo dia bem no fundo da minha alma. Quantas vezes eu passo correndo pelas pessoas como passei pela fotografia. A vida é curta demais.
E chega um ponto que eu paro de contar os dias de ausência, os meses desde a notícia da morte. A vida é curta demais. Transformo a maldita fotografia em meu ‘wake up call’. Para lembrar que a minha existência é insignificante e guardar as palavras de amor é uma tolice sem igual.
Sempre vou sentir saudade, mas a vida também é curta para sentir culpa. E a foto fica ali olhando para mim, eu amo e sou amada. No final das contas é isso que importa.  Como ela sempre dizia quando nos dava aula: ‘pequeno, mas precioso’.
(Que saco, dói demais.) 

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Sobre amizade...

Ela só faltou colocar uma arma na minha cabeça, mas fez pior. Todo tipo de tortura emocional é pior do que arma, soco, do que qualquer dor física. É a alma que sangra, e sangra muito.
Cismou que eu preciso confiar, que preciso me abrir, que ela tem que ser única, especial,  a perfeita amiga magnífica. Primeiro eu senti culpa, depois dor, e por fim senti raiva.
Raiva daquelas profundas, que grudam, ficam e eu tenho até medo de esquecer que amo de tanta raiva que sinto. Confiança não é algo que se exige com socos e pontapés. Não se coloca arma no rosto de alguém dizendo: "confia em mim". Faz-se isso para roubar seus bens, para aumentar o medo, para destruir o encantamento da amizade. Relacionar-se é aprender a dançar respeitando o ritmo do outro. Isso é amizade, é namoro, é casamento: uma dança que se aperfeiçoa com o tempo.
Não é simples, ainda que seja sempre um movimento repleto de simplicidade e singeleza. É um afinar de silêncios. Gentilmente respeita-se o outro, seus olhares e escolhas. E vê-se o esboço do sorriso, da lágrima ou da gargalhada. Conhecimento.
Nesse eterno jogo de memória e esquecimento, tantas vezes apaga-se o crucial e louva-se o superficial.
Para viver é preciso tempo, para amar é preciso vida. Nenhuma das duas coisas se faz no estalo da combustão espontânea. Se retirarmos isso, o movimento fica incompleto, pelo menos comparado com uma dança verdadeira.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Silenciosamente



Foto: Agnes Alencar

E no chão, a beleza.
Vida silenciosa aguarda a simplicidade
Espera pelo tipo de riso descompromissado
que se torna feliz com flores no chão,
com a delicadeza e a sutileza da pequenez infinita

domingo, 17 de janeiro de 2010

Hegel!

Ativamos então a amizade. Inicialmente com medo e receio.
Desconforto que dá lugar ao afeto. Parece que sempre estive lá. Sempre fomos amigas, apenas demoramos um pouco para descobrir isso.
Chamá-las de amigas é uma outra forma de dizer que estou segura, somos trigêmeas.
E gargalhamos juntas. Aprendendo a amar a vida, e a extrair o melhor dos nossos anos.
Aproveitando o máximo da idade que não troco por outra.
Basta-me a presença. Nada mais é necessário. Amo-as assim.
Sorrio assim. Amo com ponto final.
E falar Hegel é apenas uma forma de dizer "te amo" em outra língua.
Nossa língua.

Ps. super trigêmeas ativar!

Para Luana e Mariana. Em nome de um trio perfeito!